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    Notas Mistral

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    Iniciando no mundo do vinho

    Degustar diversos tipos de vinhos é a melhor forma de aprender mais sobre as características de cada rótulo

    Iniciando no mundo do vinho

    Vinho para iniciantes: um guia descomplicado para quem está começando

    A melhor maneira de aprender sobre vinho é bebendo. Mas, assim como um gourmet ou apreciador da boa mesa saboreia um prato (em vez de devorá-lo), um apreciador de vinho, seja ele iniciante ou experiente, degusta a bebida com atenção, sem pressa. E, de preferência às cegas — aquela em que os rótulos são ocultos, permitindo uma experiência mais sensorial e marcante. 

    Entender sobre vinhos não significa ficar cheirando a bebida buscando uma infinidade de aromas com associações esquisitas, como cheiro de couro molhado ou charuto enrolado à mão. 

    “Isso só afasta as pessoas do vinho”, afirma Ciro Lilla, fundador da Mistral Importadora e autor de Introdução ao Mundo do Vinho. Perceber o aroma – ou bouquet – de um vinho é uma habilidade que, segundo ele, se desenvolve com o tempo, como um banco de dados que vai sendo atualizado a cada nova taça. 

    Pensando nisso, preparamos um guia descomplicado com os termos mais usados para descrever um vinho, além de um passo a passo para você organizar sua primeira degustação às cegas. Quanto mais seu paladar é estimulado, mais fácil vai ficando identificar os tipos de uvas e seus perfis sensoriais. 

    Com o tempo, você também descobre quais são os vinhos que mais te agradam: um elegante Pinot Noir, um potente Cabernet Sauvignon, um fresco e aromático Riesling ou um macio Malbec argentino. Conhecer suas preferências é uma ferramenta valiosa de como escolher um bom vinho entre os milhares de rótulos disponíveis no mercado.

    Siga na leitura e mergulhe nesse universo fascinante de aromas, sabores, texturas e histórias!

     

    Descubra o mundo dos vinhos com as degustações às cegas

    É possível degustar às cegas vinhos da mesma uva, mas de diferentes regiões – por exemplo, vinhos tintos de Pinot Noir da Borgonha, da Nova Zelândia e do Chile. 

    Outra abordagem interessante é comparar vinhos brancos de diferentes regiões produtoras, ou então de produtores do Velho Mundo e do Novo Mundo, ou ainda comparar um vinho varietal (elaborado com uma única casta) com um blend que inclua essa mesma uva. Dessa maneira, é possível perceber nuances regionais, diferenças entres os estilos de vinificação e identificar com mais clareza as características marcantes de uma variedade específica.

    A degustação às cegas também permite desmistificar ideias como a de que “vinho bom é sempre vinho caro”. Muitas vezes, um rótulo mais acessível pode surpreender e proporcionar mais prazer do que um mais caro – nesse caso, dê preferência aos exemplares produzidos por produtores reconhecidos por sua qualidade. Além disso, ela ajuda a revelar quais estilos realmente agradam mais ao seu paladar: um tinto mais seco, um branco mais frutado ou, quem sabe, um Cabernet Sauvignon da Califórnia.

    Em seu livro Introdução ao Mundo do Vinho, Ciro Lilla sugere duas formas de participar de degustações às cegas. A primeira delas é fazer parte de uma associação ou clube de vinhos que organize esse tipo de prova. A outra, mais informal e igualmente eficaz, é montar seu próprio grupo de degustação – nesse caso, seguir estas orientações práticas pode fazer toda a diferença para aproveitar a experiência ao máximo.

     

    Como organizar uma degustação às cegas?

    Tem amigos que gostam de beber vinho e se interessam em conhecer mais sobre o universo fascinante dos tintos, rosés, brancos e espumantes? Então você já tem o mais importante para montar seu grupo de degustadores. 

    Ciro Lilla recomenda reunir de seis a oito pessoas para encontros regulares – quinzenais, mensais ou com a frequência que melhor se encaixe na rotina dos integrantes do grupo.

    Em cada encontro, um dos participantes fica responsável por selecionar os vinhos, manter os rótulos em segredo e embrulhar as garrafas, numerando-as para a prova.  Outra possibilidade é cada membro do grupo levar um vinho já embrulhado. 

    Confira a seguir algumas dicas simples, mas muito úteis para organizar com sucesso sua degustação às cegas – seja para um grupo de vinho para iniciantes ou iniciados.

     

    • Defina o tema da degustação. Exemplos: tipo de uva, região, estilo ou faixa de preço.
    • Determine quem ficará responsável pela compra dos vinhos. O ideal é selecionar até seis rótulos para manter a atenção e não cansar o paladar.
    • Certifique-se de que as garrafas estejam bem embrulhadas, para ocultar totalmente os rótulos antes de serem levadas à mesa. Se cada participante for levar um vinho, peça que já o leve embalado.
    • Enfileire as taças uma ao lado da outra, à frente de cada degustador.
    • Sirva os vinhos na mesma sequência para todos os participantes. Cada degustador analisa em silêncio a cor, os aromas e o sabor de cada vinho, fazendo suas anotações.
    • Quando todos terminarem de degustar todos os vinhos, revele os rótulos, desembrulhando as garrafas.
    • Compartilhe suas impressões e comentários.

     

    10 termos essenciais para entender e descrever o vinho

    Se você já se perguntou o que significa um vinho ser “elegante”, “redondo” ou “complexo”, está no lugar certo. Conhecer esses e outros termos do vocabulário do vinho é como aprender um novo idioma, ampliando sua percepção e aprofundando a experiência de degustar. 

    A seguir, apresentamos 10 expressões fundamentais que vão ajudar você a identificar e descrever melhor as características de um vinho – especialmente se está iniciando no mundo do vinho. Prepare-se para expandir seu repertório de enófilo!

    1. Elegante: um vinho elegante tem algo de sutil, mas sem exageros. Um vinho pode ser equilibrado sem ser elegante. Se for muito encorpado ou muito concentrado, por exemplo, poderá ser equilibrado, mas não será elegante.

    2. Exuberante: quando tem um aroma intenso, é bem concentrado, encorpado e com bastante álcool, não necessariamente um aroma fino ou elegante, e com frequência agradável. Um vinho exuberante desperta atenção logo de cara.

    3. Complexo: assim como uma receita bem elaborada tem camadas de sabor, um vinho complexo apresenta uma variedade de aromas e sabores que evoluem na taça. Um bouquet complexo, por exemplo, é como um grande perfume: muda com o tempo, revelando novas nuances. Já um vinho simples é o oposto de complexo, oferece uma única nota – frutada apenas, por exemplo – e não vai além disso.

    4. Redondo: um vinho redondo não apresenta adstringência nem amarra na boca. É aveludado, sedoso, o oposto de um vinho duro, áspero.

    5. Tanino: presente na casca, nos cabinhos (engaço), nas sementes da uva e também na madeira dos barris, o tanino dá estrutura aos vinhos tintos e permite que envelheçam bem. Ele também pode causar amargor e aquela sensação de secura que “amarra” a boca. Quando em excesso ou ainda não integrado, diz-se que o vinho está tânico ou áspero — algo comum em vinhos jovens feitos para longa guarda.

    6. Acidez: é aquela sensação de frescor sentida na boca, que desperta o palato. A acidez no vinho é desejável, pois confere frescor e possibilita seu envelhecimento. Um vinho com pouca ou sem acidez é um vinho chato, sem graça.

    7. Bouquet: uma das características mais prazerosas da bebida, o bouquet refere-se ao conjunto de aromas que um vinho desenvolve com o tempo. Ele é percebido pelo olfato. Para apreciá-lo, gire a taça com delicadeza, segurando pela haste, para liberar os aromas mais complexos, formados por moléculas mais pesadas – ao agitar o vinho, eles se soltam da superfície do líquido. Inspire profundamente e perceba o conjunto, se o bouquet é intenso, agradável e instigante.

    8. Retrogosto: é o gosto que fica na boca após engolir o vinho. Em geral, quanto mais duradouro e agradável o retrogosto, melhor é o vinho.

    9. Blend: também chamado de vinho de corte, o blend é a arte de combinar diferentes uvas usadas na elaboração da bebida. Antigamente costumava-se colher as uvas, independentemente da sua variedade e estado de maturação, e colocá-las para fermentar juntas. Hoje, cada variedade é colhida e fermentada separadamente, e o enólogo realiza o corte final, equilibrando aromas, sabores, acidez e taninos. É nesse momento que entra a criatividade e o estilo do produtor.

    10. Varietal: vinho varietal é aquele produzido com uma única variedade de uva – ou predominantemente com uma determinada casta. O nome da uva aparece em destaque no rótulo, como um Cabernet Sauvignon, Malbec ou Chardonnay.

     

    Explore o mundo dos vinhos com a Mistral

    Está começando a desbravar o mundo dos vinhos? A jornada do vinho para iniciantes pode ser tão fascinante quanto saborosa. No blog da Mistral, você encontrará dicas e muito mais para se tornar um verdadeiro apreciador. Aproveite para colocar seu conhecimento em prática experimentando nossos rótulos!

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