“Há muito tempo uma das maiores referências do vinho
californiano”, segundo Robert Parker, Ridge Vineyards é simplesmente um dos
melhores produtores de todo o mundo para o crítico, que aponta seus vinhos como
“candidatos aos vinhos mais
longevos da Califórnia”.
Para a Wine Spectator, Ridge
“desbravou o caminho para o surgimento dos ‘cult wines’ californianos”,
“inspirando mais pessoas talvez do que qualquer outra vinícola no mundo”.
Segundo Jancis Robinson, “Ridge é uma notável exceção às vinícolas
californianas que produzem vinhos
alcoólicos, doces e macios, que mais se parecem com chocolate do que com
Cabernet Sauvignon”.
Sob a batuta do incansável
enólogo Paul Draper — um dos mais importantes de todos os tempos na Califórnia
— Ridge criou vinhos lendários, lançando na região, ainda nos anos 1960, o
conceito de vinhos de terroir, elaborados com uvas de um único vinhedo. Segundo
Robert Mondavi, “Paul Draper foi um dos visionários pioneiros que insistiu em elaborar
vinhos de forma extremamente natural, muito antes dos recentes modismos”.
O grandioso Monte Bello,
inspirado no Châteu Latour, “está entre
os maiores e mais admirados vinhos de todo o mundo” segundo a Wine
Spectator. Incrivelmente longevo, o tinto da safra de 1971 foi o grande
vencedor isolado da segunda edição da famosa Prova de Paris, desbancando os melhores vinhos tintos de
Bordeaux e da Califórnia, tanto na degustação realizada na Europa, com
críticos europeus, quanto na realizada nos Estados Unidos.
Na prova original, em 1976, o
mesmo vinho já havia assombrado o mundo, arrematando a segunda posição e
ficando atrás apenas do Cabernet Sauvignon de Stag’s Leap Wine Cellar. Jancis
Robinson recomenda “todas” as safras do “estonteante” tinto, enquanto Robert
Parker classifica o tinto como “realmente excepcional”.
Elaborado com um corte de
Cabernet Sauvignon e uma pequena parcela de Merlot e Petit Verdot, é rico,
complexo e elegante, podendo evoluir por mais de 20 anos em garrafa. O grande
perfeccionismo na seleção das uvas que são destinadas ao Monte Bello faz com
que menos de 40% dos bagos sejam selecionados para o “grand vin”, originando um
espetacular segundo vinho, o Santa Cruz Mountains Estate, chamado por Jancis
Robinson de “uma verdadeira pechincha”, por sua alta qualidade. A safra de 2006
do tinto “longo, rico e encorpado”recebeu 91 pontos de Robert Parker.
O Geyserville e o Lytton
Springs são elaborados com base na uva Zinfandel, mas com mais finesse e menor
teor alcoólico do que a grande maioria dos vinhos elaborados com esta
variedade, mostrando uma impressionante riqueza de nuances e aromas. A versão
2007 do Lytton Springs foi classificada com 92 pontos por Parker, enquanto o
“elegante e classudo” Geyserville arrematou 91 pontos da Wine Spectator.
Entre os brancos, o
“maravilhosamente perfumado” Chardonnay Monte Bello — um dos grandes vinhos
californianos elaborados com esta casta — mereceu nada
menos que 95 pontos da Wine Spectator na safra de 2006, enquanto o “Altamente
Recomendado” Santa Cruz Mountains Estate Chardonnay recebeu a impressionante
nota 93 da revista.
São todos vinhos realmente impressionantes, que somados
a nomes como Caymus, Stag’s Leap Wine Cellar, Paul Hobbs, Spottswoode e
Seghesio fazem da seleção de vinhos californianos da Mistral a melhor e a mais
completa do Brasil.