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    Henschke

    Uma das vinícolas familiares mais antigas da Austrália, Henschke desfruta de enorme prestígio entre a crítica especializada. Desde 1868, produz, há seis gerações, alguns dos mais celebrados vinhos do país em alguns dos mais renomados terroirs do Eden Valley, Barossa Valley e Adelaide Hills – três regiões vinícolas históricas do sul da Austrália, onde ainda hoje são cultivadas vinhas centenárias de Shiraz, incluindo parcelas plantadas em 1860 – entre as mais antigas do planeta. 


    Henschke elabora apenas vinhos de alta gama – rótulos extremamente elegantes, com potencial de guarda que pode superar cinco décadas –, produzidos a partir de vinhedos de cultivo biodinâmico e com baixíssimos rendimentos. A produção total não chega a 30 mil caixas por ano — um volume muito menor do que a produção de um único rótulo de grandes vinícolas comerciais australianas. 


    O lendário Hill of Grace, criado em 1958, é o mais famoso vinho de vinhedo único da Austrália. Um Shiraz majestoso, com uma impressionante longevidade, que costuma arrematar notas altíssimas, como os 97 pontos de Parker e os 98 pontos da Wine Spectator para o vinho da safra 2006. O Mount Eldestone é outro tinto de Shiraz espetacular. Produzido pela primeira vez em 1952 a partir de vinhas então com 40 anos, segue encantando com sua concentração e intensidade características do terroir de Eden Valley. O sucesso desse vinho soberbo serviu de inspiração para a criação do Hill of Grace.


    Os brancos também são excelentes, entre eles, o Peggy’s Hill, um Riesling vibrante e puro, de aroma delicado, elaborado de vinhas com idades entre 10 e 70 anos. A safra 2024 mereceu 93 pontos da Wine Advocate.


    Verdadeira unanimidade entre a crítica internacional, Henschke acumula mais de 50 notas entre 95 e 99 pontos de Robert Parker, mais de 40 avaliações de Jancis Robinson entre 18/20 e 19/20 pontos, e mais de 20 notas entre 95 e 99 pontos da Wine Spectator. Para o respeitado crítico australiano James Halliday, trata-se de “a melhor vinícola familiar da Austrália”. E, como destacou Andrew Jefford, da revista Decanter: “Não me lembro de nenhum produtor australiano que seja melhor em expressar, em um leque de 20 rótulos produzidos, as mudanças climáticas de cada safra, a casta com a qual o vinho é produzido e o lugar de onde estas uvas vêm”.


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