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    Notas Mistral

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    É verdade que quanto mais velho o vinho, melhor ele fica?

    É verdade que quanto mais velho o vinho, melhor ele fica? É verdade que quanto mais velho o vinho, melhor ele fica?

    O envelhecimento é uma característica única dos vinhos. Nenhuma outra bebida possui a capacidade de melhorar após pronta. Com o envelhecimento, os aromas, a estrutura e as características do vinho mudam, deixando a bebida completamente diferente do que era no momento do engarrafamento.

    Mas será mesmo verdade que vinho quanto mais velho, melhor?

    Na Grécia Antiga e no Império Romano, vinhos envelhecidos por muitos anos eram apreciados pela elite. Um exemplo clássico é o Falernum, o vinho mais famoso da Roma antiga. Produzido na região da Campania, ele só era consumido após pelo menos 10 anos de envelhecimento, reforçando a ideia de que vinho quanto mais velho melhor.

    É importante lembrar que, naquela época, a maioria dos vinhos era consumida rapidamente, em poucos meses, já que oxidavam com facilidade. Contudo, o prazer de degustar um vinho envelhecido já era valorizado, mesmo com as técnicas rudimentares de produção.

     

    Todo vinho pode envelhecer?

    Muitas pessoas acreditam no conceito de que vinho quanto mais velho melhor, mas nem todo rótulo se beneficia com o tempo. A verdade é que apenas uma pequena fração dos vinhos consegue melhorar com o envelhecimento. A maioria dos vinhos lançados hoje em dia no mercado está pronta para consumo imediato.

    Vinho tinto, branco e rosado apresentam suas melhores características enquanto jovens, destacando o frescor e os aromas frutados. Para um vinho poder envelhecer e, assim, confirmar o mito de que vinho quanto mais velho melhor, ele precisa ter características específicas, como:

     

    • Acidez elevada: garante longevidade e frescor, permitindo que até vinhos brancos delicados, como os Rieslings alemães ou os Buçaco portugueses, durem décadas.
    • Quantidade de taninos: vinhos com alto teor de componentes fenólicos, especialmente os taninos, resistem melhor ao tempo.

    Além disso, vinhos fermentados ou maturados em barricas de carvalho têm maior capacidade de envelhecimento e qualidade com o passar dos anos.

     

    Como envelhecer um vinho corretamente?

    Para que o ditado “vinho quanto mais velho melhor” realmente se aplique, é fundamental que o vinho seja armazenado em condições ideais. O envelhecimento é um processo gradual e delicado, e o vinho só melhora se conservado da maneira correta:

    • Temperatura constante entre 13 °C e 16 °C.
    • Ambiente escuro e com umidade em torno de 70%.
    • Armazenamento horizontal, garantindo que a rolha permaneça úmida.

    Se as condições não forem adequadas, o vinho pode envelhecer precocemente, perdendo suas características e invalidando a ideia de que vinho quanto mais velho melhor. Vinhos produzidos para consumo em poucos meses não exigem essas condições rigorosas. Basta um ambiente fresco e protegido da luz.

     

    O que muda no vinho com o envelhecimento?

    Uma das maiores alegrias para os apreciadores de vinho é acompanhar a evolução de um rótulo ao longo dos anos. A percepção de que “vinho quanto mais velho melhor” vem dessa transformação gradual, tanto nos aromas quanto na estrutura da bebida.

     

    Envelhecimento dos vinhos tintos

    À medida que envelhecem, os vinhos tintos perdem a adstringência, tornando-se mais macios. A coloração roxa e intensa dá lugar a tons mais claros, semelhantes à cor de tijolo. 

    Isso ocorre porque os taninos, proteínas e outros componentes reagem com o oxigênio presente na garrafa, formando sedimento no fundo. Além disso, os compostos responsáveis pelos aromas originais do vinho se transformam, criando aromas mais complexos e sutis.

     

    Envelhecimento dos vinhos brancos

    Os vinhos brancos, por sua vez, escurecem ao longo dos anos, ganhando tons amarelados ou amarronzados. Durante esse processo, os glicosídeos sofrem hidrólise, liberando aromas e sabores como mel, frutas secas e especiarias, que antes não estavam presentes.

    Embora muitos vinhos brancos não tenham uma grande concentração fenólica, alguns conseguem envelhecer por décadas, provando que vinho, quanto mais velho, melhor, pode, sim, ser uma realidade para certos rótulos.

    A ideia de que vinho quanto mais velho, melhor, é um mito parcial. Embora seja verdade para uma pequena parcela dos vinhos, a maioria dos rótulos é feita para ser consumida jovem, quando suas qualidades estão em seu auge.

    No entanto, vinhos com alta acidez, taninos e maturação em carvalho têm grande potencial de envelhecimento e podem evoluir positivamente com o passar dos anos, tornando-se verdadeiras experiências sensoriais para os amantes de vinhos.

    Portanto, para que a expressão “vinho quanto mais velho, melhor” se concretize, é essencial escolher o vinho certo e armazená-lo nas condições ideais. Afinal, a magia do envelhecimento está em saber respeitar o tempo da bebida e aproveitar cada fase da sua evolução. 

    Como agora você já sabe que não precisa deixar necessariamente o vinho envelhecer para aproveitar seu sabor, confira dicas para aproveitar ao máximo uma degustação de vinhos.

     

    Catena Alta Malbec 2021 (Catena Zapata)

    Tinto, Malbec (100%), Argentina

    Um tinto extraordinário, que mostrou ao mundo o potencial da casta Malbec para originar vinhos de classe mundial. Ele é intenso e concentrado como os grandes tintos argentinos, mas também muito elegante e bem talhado, com uma complexidade impressionante, raramente encontrada no continente. Um dos "100 Melhores Vinhos do Mundo" por três anos consecutivos para a Wine Spectator. Uma referência absoluta.

    R$ 538.84

    Côte de Beaune 2019 (Joseph Drouhin)

    Tinto, Pinot Noir (100%), França

    Elaborado com uvas de um vinhedo único de pouco mais de 2 hectares, cultivados de maneira biodinâmica, o Côte de Beaune de Joseph Drouhin costuma ser comparado a um Premier Cru por sua enorme qualidade. Incrivelmente elegante, mostra aromas de frutas silvestres e taninos sedosos no palato.

    R$ 1003.03

    Brunello di Montalcino 2017 (Biondi Santi)

    Tinto, Sangiovese Grosso (100%), Itália

    De incrível reputação e prestígio, Biondi Santi é o mais tradicional e aristocrático nome de Montalcino, o criador dos famosos Brunello di Montalcino há mais de um século. Este belo exemplar mereceu nada menos que 96 pontos concedidos por James Suckling e Robert Parker na safra 2017. O vinho mostra o bouquet clássico do Brunello Biondi Santi, com frutas escuras e especiarias. Na boca é amplo, potente e austero, no estilo mais tradicional possível. Um verdadeiro monumento ao vinho da Toscana.

    R$ 3757.44

    Buçaco branco 2018 (Palácio do Buçaco) - Magnum

    Branco, Encruzado, Maria Gomes e Bical, Portugal

    Incrivelmente reputado, bastante encorpado, fino e aromático, o Buçaco Reserva branco é um dos melhores e mais longevos brancos da Península Ibérica. Os vinhos desse produtor sempre foram tratados com o máximo respeito pela crítica especializada, que desde sempre soube ver sua grandeza e individualidade. Eles merecem a máxima cotação, quatro estrelas, de Hugh Johnson, admirador declarado dos vinhos. Somente vendido no Palace Hotel do Bussaco e na Mistral, a única importadora do mundo a comercializar os vinhos.

    R$ 2251.95

    Robert Weil Riesling Trocken QbA 2022 (Robert Weil)

    Branco, Riesling (100%), Alemanha

    Com 92 pontos de James Suckling, este excelente QbA de Robert Weil é seco e aromático, mostrando grande mineralidade e perfeita acidez. É um dos melhores e mais clássicos exemplos de Riesling do Rheingau, capaz de envelhecer muito bem em garrafa.

    R$ 438.47

    Viña Bosconia Reserva 2012 (Viña Tondonia)

    Tinto, (80%) Tempranillo, (15%) Garnacha e (5%) Mazuelo e Graciano., Espanha

    O grandioso Viña Bosconia Reserva é talvez o mais potente dos vinhos de Viña Tondonia, com complexas notas balsâmicas. O vinho é envasado em garrafas típicas da Borgonha porque ele era originalmente elaborado com a uva Pinot Noir - substituída há muito tempo pelas castas Tempranillo, Garnacha, Mazuelo e Graciano. O vinho matura nada menos que 5 anos em barricas de carvalho americano e um ano na garrafa antes de ser colocado no mercado. James Suckling concedeu 94 pontos para a safra de 2008, destacando o final de prova do complexo Bosconia, "que dura vários minutos" segundo o crítico. Um dos mais celebrados vinhos da Espanha, que nos transporta para outra época.

    R$ 626.66

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