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    • Notas Mistral

      Dicas e Curiosidades

      Baco: conheça o deus do vinho

      O vinho integra as mitologias romana e grega, por meio dos deuses Baco e Dionísio. Conheça mais detalhes sobre eles!

      Baco: conheça o deus do vinho

      Na mitologia romana, Baco é o deus do vinho, e também da agricultura, da fertilidade e da folia. Em sua honra realizavam-se grandes festivais, bacanais, regados a muito vinho e sexo.

      Originalmente restritos apenas às mulheres, ganharam em pouco tempo a participação dos homens. Também se faziam sacrifícios de cabras e porcos, pois esses animais eram considerados um perigo para as vinhas, colocando em risco também a colheita das uvas. Diz a lenda que filhos de Baco teriam cultivado a vinha pelo mundo.

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      Quem foi Baco?

      Baco é filho do deus Júpiter com a mortal Sêmele, filha do rei Tebas. Representado ora por um belo rapaz de cabelos longos e corpo viril, outras vezes por um homem mais velho e barbudo, andava sempre pronto para festas, segurando cachos de uva e uma taça de vinho e usando uma coroa de hera sobre a cabeça.

      Também era comum ver Baco empunhando o tirso, uma espécie de cajado envolto em folhagem com uma pinha na ponta. De aparência fálica, o tirso simbolizava o prazer e a fertilidade.

      No livro Baco: Uma Biografia, de Andrew Dalby, publicado pelo Museu Britânico, Juno, a esposa traída de Júpiter, descreve assim o deus do vinho: “Ele parece atrair mulheres como moscas. Elas vêm juntas de toda a Ásia, bebem uma bebida inebriante que ele inventou, e dançam com ele (…). Ele parece trazer paz, contentamento e preguiça onde quer que vá”. Movida por um ciúme avassalador, Juno perseguiu Baco desde antes do seu nascimento.

       

      Baco ou Dionísio?

      Se para os antigos romanos Baco era o deus do vinho, na Grécia Antiga ele ficou conhecido por Dionísio. Na versão grega, Zeus (Júpiter) engravida Sêmele e num gesto apaixonado promete realizar qualquer um de seus desejos. Ludibriada por Hera (a ciumenta Juno), a mortal pede para que Zeus se mostre em todo o seu esplendor, sem saber que a nenhum mortal era permitida tal revelação.

      O deus dos deuses aparece então na forma de um raio e Sêmele é instantaneamente consumida pelo fogo. Neste momento, para salvar o filho, Zeus retira a criança do útero da mãe e a costura em sua coxa para poder terminar a gestação. Ao nascer, Dionísio é levado para morar com sua tia Ino (uma das irmãs de Sêmele), para protegê-lo da perseguição de Hera.

      Ino e seu marido, Atamante, criam Dionísio como se fosse uma menina para tentar escondê-lo da vingativa mulher de Zeus. Conta a lenda também que Sileno, um homem mais velho e que adorava se embriagar de vinho, teria ensinado Dionísio sobre a cultura das vinhas e a produção de vinho.

       

      Deus ou mortal?

      A condição de Deus sempre gerou discussões quando se tratava de Baco. Pela regra informal da mitologia grega, se a criança é fruto de um deus (ou deusa) com uma (um) mortal, então ela é humana, geralmente um herói, e não um deus. Nessa linhagem encontram-se alguns exemplos famosos como Aquiles, Teseu e Helena de Tróia.

      Há, entretanto, duas exceções a essa regra. Hércules, que se tornou um deus e foi levado ao Monte Olimpo após sua morte, e Dionísio. Ao nascer pela segunda vez da coxa de Zeus, Dionísio conquistou o status de deus.

       

      Bacanal

      A palavra bacanal vem do latim bacchanalia e está associada às festas e orgias pagãs em homenagem ao deus do vinho, que provavelmente chegaram à Roma no ano 200 A.C., por influência das colônias gregas ao sul da penínsua. Eram inspirados nos rituais de adoração estabelecidos por Dionísio após conhecer a deusa-mãe frígia Cibele, que o curou da loucura causada pela perseguição implacável de Hera.

      Nesses rituais, Baco era acompanhado por um grupo de mulheres, as mênades (“mulheres loucas”) ou bacantes, que o seguiam cantando, dançando, tocando pandeiro e, claro, bebendo muito vinho.

      Na Antiguidade, os bacanais aconteciam secretamente e no início somente com a participação feminina. Logo, porém, incluíram os homens e, além da folia, costumavam ser um lugar para conspiradores, onde as pessoas se sentiam livres para falar o que pensavam. Aí está provavelmente a explicação para Baco ser chamado também de O Libertador (ou Liber).

      Mas as orgias e a promiscuidade sexual dos bacanais, e talvez também o ambiente que eles ofereciam para conspirações políticas, levou o Senado Romano a proibir os festivais em toda a Itália, com exceção de alguns casos especiais, por meio de um decreto assinado em 186 a.C. Assim mesmo, parece que os bacanais continuaram a existir por muito tempo ainda no sul do país.

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