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    • Notas Mistral

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      Especial vinho do Porto

      Vinhos do Porto: região, produção e curiosidades

       

      O vinho do Porto é um dos grandes tesouros do mundo do vinho. Elaborado com a adição de aguardente vínica para interromper a fermentação do açúcar, é doce, potente e muito encorpado. Produzido há centenas de anos, o vinho do Porto é o mais famoso e reputado vinho de Portugal.

      Seu nome vem da cidade de Porto, onde estão localizados os armazéns de envelhecimentos e de onde este famoso vinho era exportado. O vinho do Porto surgiu das disputas comerciais entre a França e a Inglaterra no final do séc. XVII. Com as altas taxas cobradas pelo rei da Inglaterra, os vinhos franceses ficaram caros demais, levando os comerciantes ingleses a procurarem vinhos em outros países.

      Os ingleses ficaram impressionados com os potentes e concentrados vinhos elaborados nas margens do rio Douro. Os vinhos eram fermentados nas elevadas temperaturas da região, resultando em tintos bastante escuros e tânicos. O problema era que os vinhos continuavam “vivos” nas barricas durante a viagem, chegando na Inglaterra muito adstringentes e desequilibrados.

       

      Método de vinificação

      Um comerciante inglês que estava procurando vinhos para importar descobriu uma técnica inusitada no mosteiro cisterciense da cidade de Lamego: os monges adicionavam Cognac nos vinhos que ainda estavam fermentando. O álcool da bebida matava as leveduras, resultando em um vinho alcoólico e doce, mas totalmente estabilizado.

      O método de vinificação passou a ser adotado por diversos produtores da região e, nasceu assim, o famoso Vinho do Porto. O vinho encorpado, doce e de graduação alcóolica mais elevada caiu no gosto dos consumidores ingleses, proporcionando a criação de várias “Casas” de Vinho do Porto – produtores de origem britânica elaboravam, envelheciam e exportavam vinhos do Porto para a Inglaterra.

      No século XVIII o mercado de vinhos do Porto se consolidou, aumentando muito a quantidade de vinho produzido e comercializado. Como resultado, alguns comerciantes passaram a “turbinar” vinhos oxidados e de baixa qualidade, já prontos, adicionando açúcar nas barricas.

      Para evitar que a imagem do vinho do Porto fosse abalada e, consequentemente que os preços caíssem, o Marquês de Pombal instituiu, em 1756, uma série de normas para a produção deste tipo de vinho, que incluíam a proibição de adição de açúcar e o uso de uvas e vinhos de outras regiões. Os vinhedos das regiões vizinhas foram arrancados para garantir a força das medidas e assim nasceu uma das primeiras regiões demarcadas de todo o mundo.

       

      Douro, a região produtora dos vinhos do Porto

      Os vinhos do Porto são produzidos na região do Douro. É uma região quente e de solos pouco férteis – inóspita para quase qualquer tipo de agricultura. Para plantar nas íngremes montanhas que acompanham o rio Douro, os produtores fizeram terraços nos solos de xisto e granito, criando uma linda paisagem de vinhedos que só podem ser manejados manualmente.

      A temperatura é alta durante o verão, ultrapassando facilmente os 35C. A região é dividida em 3 partes no sentido da fronteira da Espanha: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior. Quanto mais próxima da Espanha é a Quinta (o nome que recebem as propriedades rurais), mais quente é a região.

      Para a grande maioria dos vinhos, os produtores usam uvas de diversas quintas diferentes. As principais uvas plantadas e utilizadas na produção do Vinho do Porto são a Touriga Nacional, Tinta Roriz (Tempranillo) e Touriga Franca, mas muitas outras entram em pequenas quantidades na elaboração de grande parte dos vinhos.

      A produção do Vinho do Porto

      Embora existam diversos tipos de Vinho do Porto, todos começam a ser elaborados a partir do mesmo tipo de vinificação. Como a fermentação alcoólica é interrompida com a adição de aguardente vínica após dois ou três dias, o processo de extração da cor e dos taninos que estão nas cascas das uvas deve ser rápido para garantir que os vinhos finais tenham bastante cor e corpo.

      Para conseguir este resultado, o vinho é fermentado em temperaturas relativamente altas, com macerações vigorosas para extrair o máximo possível a cor e os taninos. A partir do momento que a fermentação alcóolica é interrompida, os diferentes caminhos de vinificação é que vão determinar o estilo de Porto produzido.

      Vinho Porto Ruby

      O Porto Ruby é o mais escuro e cheio de notas de fruta entre os estilos de vinho do Porto. É o vinho que permanece menos tempo em barricas de carvalho, mantendo os taninos e notas de fruta madura. O vinho do Porto mais disputado – o Porto Vintage – é um Ruby de uma única safra excepcional.

      Ao contrário dos vinhos Ruby mais simples, que podem ser consumidos assim que engarrafados, os Portos Vintage demandam vários anos na adega para mostrarem todas as suas qualidades. O Porto LBV ou Late Bottled Vintage é um Ruby que passou mais tempo em madeira, ficando mais macio e pronto para ser bebido.

       

      Vinho Porto Tawny

      O Porto Tawny ou “aloirado” é um porto que passa muitos anos em barricas de carvalho. Esse envelhecimento faz, ao longo dos anos, que os pigmentos se juntem e sejam decantados para o fundo das pipas onde o vinho fica armazenado.

      É por isso que o os vinhos envelhecidos mais tempo são mais claros. Além da cor, os aromas também mudam à medida em que o vinho envelhece. Quanto mais velho, menos notas de frutas maduras e taninos têm os vinhos. Estas notas dão lugar aos aromas terciários como frutas secas, mel e couro.

      Os famosos Portos 10 anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos são todos Tawnies. Uma curiosidade: estes vinhos são produzidos com vinhos que na média têm no mínimo a idade indicada. O enólogo combina vinhos de diversas idades para criar vinhos que todos os anos mostram o mesmo estilo e identidade. Os Tawnies de uma única safra, envelhecidos por muitos anos em toneis de madeira, são chamados de Colheitas.

       

      Quanto tempo dura uma garrafa de um vinho do Porto depois de aberta?

       Como os vinhos do Porto são potentes e alcóolicos, eles duram muito mais tempo que um vinho normal depois que a garrafa é aberta. Os Portos Vintage devem ser consumidos em um período relativamente curto, mas aguentam bem alguns dias depois de abertos. Os demais vinhos podem durar meses em perfeitas condições de consumo depois que a rolha foi retirada.

      Uma dica prática é observar o tipo de rolha do vinho: os que são fechados com uma rolha normal devem ser consumidos em poucos dias, enquanto os fechados com rolhas do tipo “abre e fecha”, podem ser consumidos em um prazo bem mais longo.

      Outro detalhe importante é a temperatura de serviço. Por serem vinhos alcoólicos, eles não devem ser servidos quentes demais. Os Tawnies ficam ainda mais gostosos se forem servidos levemente resfriados, entre 13C e 14C. Eles podem ficar tranquilamente na porta da geladeira depois de abertos.

      Para saber mais, você também pode acompanhar o vídeo na íntegra, acessando abaixo, e para assistir outros vídeos, confira playlist Aprendendo com a Mistral

      Vinhos

      • Graham’s 10 years old tawny – Código 1393
      • Graham’s 20 years old tawny – Código 33898
      • Graham’s Fine Tawny – Código 1391
      • Graham’s Vintage Port 2017 – Código 33091
      • Graham’s Fine Ruby – Código 1390
      • Meandro Finest Reserve Port – Código 33092
      • Graham’s LBV 2012 – Código 30817
      • Graham’s Blend N12 – Código 35383

       

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