Os vinhos alemães são
injustamente subestimados por muitos enófilos, certamente influenciados por
exemplares de menor qualidade. Alguns, no entanto, estão entre os grandes vinhos
brancos do mundo. Os reputados Rieslings, por exemplo, são vinhos fantásticos,
extremamente elegantes, complexos e longevos, que neste país assumem um caráter
único, expressando plenamente o excelente terroir alemão.
A Alemanha é um país com séculos de tradição no mundo do
vinho, na qual seus vinhos já foram considerados alguns dos mais finos e
elegantes do todo o mundo. No entanto, a devastação causada pela praga
filoxera, seguida de duas guerras mundiais, causou um retrocesso na indústria
do vinho no país.
Após o término da Segunda
Guerra Mundial, o governo alemão tomou algumas medidas para o reaquecimento da
economia do país e, entre elas, encontrava-se o incentivo à produção de vinhos
em larga escala, sem foco na qualidade, mas sim na quantidade.
Foi nesse contexto em que os
vinhos alemães Liebfraumilch, um estilo meio doce, de baixa qualidade e preço
bastante atrativo, fez muito sucesso em diversos países ao redor do mundo,
inclusive aqui no Brasil. Além disso, os vinhos Liebfraumich também possuem uma
parcela de culpa com a má fama dos vinhos da Alemanha.
No entanto, a Alemanha tem
muito mais a oferecer, produzindo vinhos de excelente qualidade e, aos poucos,
vem conquistando seu importante papel no mundo dos vinhos. O país é o lar da uva Riesling, uma variedade
branca capaz de produzir vinhos de incrível elegância e complexidade.
Os vinhos alemães são, na
maioria das vezes, brancos e que demonstram alguns níveis de doçura. No
entanto, os vinhos secos estão sendo produzidos em maior número no país,
identificados pela palavra “trcoken”
quando secos, ou “halbtrocken” quando
são exemplares semi secos.
Além da uva Riesling que
é a variedade mais cultivada da Alemanha, também são plantadas as castas
Müller-Thurgau e a tinta Pinot Noir, conhecida no país como Spätburgunder.